A Mudança para Mondaí, em SC.
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Em 1926 a maioria dos Marquardt e Lüdke resolve se mudar, saido de Erechim. Básicamente o motivo da mudança era o tipo de vida profissional que eles esperavam realizar, principalmente para os Marquardt. Quando chegaram da Rússia, eles foram obrigados a fazer o que todos faziam então ná época em Paiol Grande, ou seja, o cultivo da lavoura. |
Os Lüdke se adaptaram bem, mas não os Marquardt, que sempre desempenharam ofícios que provinham da madeira, desde a extração até o comércio dela. Quase todos os nosso parentes se mudaram.
A idéia da mudança foi encabeçada por Richard Peter Paul Markwardt (agora Ricardo Pedro Paulo Marquardt), filho de Carlos Gustavo, e por Carlos Emílio Marquardt, filho de Emílio. Ricardo era contrutor madeireiro e era quase engenheiro formado pela universidade de Minsk, na Rússia. Não concluiu o curso pois saíram da Rússia no meio dos estudos.
Como sempre, os Marquardt trabalhavam com qualquer tipo de serviço relacionado à madeira: extração, transporte, construção de pontes, etc. Numa destas tantas empreitadas, em 1924 Ricardo estava começando a trabalhar num novo filão de extração de madeiras que começava a se abrir num novo e recém instalado povoado: Porto Felix, que depois veio a se chamar Mondahy, e que é hoje a cidade de Mondaí. Ele recebe o convite ainda quando os primeiros topógrafos trabalhavam no desenho da primeira clareira que estava recém sendo aberta por lá. A decisão de se mudar foi tomada, mas só se realizou dois anos depois.
Quando finalmente todos se mudam para Porto Felix, Ricardo logo se estabelece por ali e constrói sua casa que ficou famosa por ter o desenho arquitetônico mais bonito dos primeiros anos de Mondaí. Carlos Emílio Marquardt e a maioria, porém, resolveu se estabelecer numa "linha" que ficava localizada numa região mais afastada do "centro" de Mondaí. Cada família que lá se estabeleceu recebeu uma colônia para dela tirar o seu sustento e viver. Estas colônias faziam parte de uma "linha", e por se localizarem à beira de um córrego chamado Mondaí, a "linha" ficou então conhecida como "linha Mondaizinho". Lá, entre tantas coisas que plantou, o principal cultivo foi o de café. Junto com Carlos foram sua mãe Amália, os irmãos Germano, Guilherme (o"guilhermão"), Osvaldo, Ernesto e Olga. O irmão Adolfo resolveu ficar em Erechim. Novamente entrou em questão as profissões dos Marquardt. Ao chegar em Mondaizinho, o novo serviço ficou sendo por poucos anos a lavoura, isto até se mudarem para Mondaí, o centro da região, pois Carlos e seus irmãos passariam a fazer as mesmas atividades que seu pai Emílio fizera: extração e comércio de madeira.
Carlos e seus irmãos e cunhados trabalharam
de tudo um pouco, contudo, sempre estava ligado à madeira. Trabalharam para uma das mais
conceituadas firmas de extração e exportação de madeiras da época, a "Barth, Annoni & Cia.
Ltda" e ajudaram a desbravar a cidade de São Miguel D'Oeste.
Carlos era fiscal da
contagem das toras que eram amarradas,
e transformadas em balças
e levadas pelo rio Uruguai abaixo até Santo Tomé, na Argentina.
Carlos e seu espírito de líder se destacou ao ponto de em 1935 ser chamado para ser delegado auxiliar de uma certa região do município. O nome do cargo era "Inspetor de Quarteirão" e que autorizava a função era o governador de Santa Catarina em pessoa. O cargo lhe foi tirado por causa da II Guerra Mundial, aonde o governo brasileiro proibiu o exercício de funções públicas por parte dos extrangeiros.
Também se destacou como líder na Igreja Evangélica Luterana do Brasil, na congregação Santa Cruz de Mondaí como um dos fundadores dela e como o primeiro presidente também.
A sua última casa também ficou conhecida pelo "novo" estilo arquitetônico. Era uma das "dez mais" da cidade e se destacava pela posição no alto de uma colina, bem aonde hoje está erguida a rodoviária da cidade.
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